GESE PARTICIPA, EM 2014, DE DOIS EVENTOS INTERNACIONAIS

INSCREVA-SE NOS NOSSOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

CONFIRA ABAIXO OS RESUMOS  NOS DOIS EVENTOS

VII CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTUDOS SOBRE A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO DA ABEH
07 A 09 DE MAIO DE 2014 - RIO GRANDE/RS


PERÍODO DAS INSCRIÇÕES 20 DE JANEIRO A 31 DE MARÇO PARA OS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

SIMPÓSIO 35

DIVERSIDADE DE GÊNERO, SEXUAL E CIÊNCIA


Profa. Dra. Joanalira C. Magalhães (FURG) - joanaliramagalhaes@furg.br
Profa. Dra. Fabiane F. da Silva (UniPampa) – fabianesilva@unipampa.edu.br

Esse simpósio tem como objetivo oportunizar espaços de debates, problematizações e reflexões acerca das questões relacionadas à diversidade de gênero e sexual, buscando perceber como essas vêm sendo produzidas, pensadas e narradas dentro do campo da Ciência. Tem-se como proposta promover discussões sobre os sujeitos vêm sendo posicionados e construídos a partir do discurso da Ciência em meio às relações de poder-saber. Fundamentamos nossos estudos em posicionamentos que entendem a diversidade como à multiplicidade de ideias, linguagens, religiões, costumes, comportamentos, valores, classes, nacionalidades, crenças, etnias, gêneros e sexualidades que constituem os sujeitos. A partir desse entendimento compreendemos o gênero e a sexualidade como produções sociais, históricas e culturais, que constituem tudo o que se diz e representa sobre diferentes formas de ser homem e ser mulher na sociedade. No contexto dessa discussão, estamos entendendo a Ciência como uma narrativa, uma invenção social e histórica esta belecida em meio a relações de poder, que institui e regulamenta códigos, procedimentos, normas, regras, rituais, saberes e “verdades” que se encontram articulados nos processos de objetivação e subjetivação dos sujeitos. Problematizar a diversidade de gênero e sexual dentro da complexa rede de saberes de ordem científica, possibilita-nos discutir as formas pelas quais vão sendo produzidos ensinamentos, valores e representações sobre tais temáticas e os sujeitos no interior de uma cultura, em um determinado tempo histórico. Consideramos que os estudos que tratam da diversidade de gênero e/ou sexual na sua articulação com os discursos da Ciência têm se “revelado” uma área de pesquisa profícua no contexto atual. Assim, a proposta deste Simpósio Temático é reunir trabalhos teóricos ou empíricos que problematizem a diversidade de gênero, sexual e ciência no contexto escolar, nos contextos não formais, como organizações não governamentais, nos artefatos culturais, na formação de professoras/ES, dentre outras inst âncias sociais. Assim, visamos constituir um espaço que possa contribuir para que pesquisadores/as, professores/as, homens e mulheres, possam, através da divulgação de suas pesquisas, debater a ciência não mais como neutra, inquestionável e produtora de verdades. Que não aceitemos tais verdades construídas, colocar em suspenso o que nos é dito e provocar outros modos de olhar a ciência e a produção de conhecimento científico. Que possamos perceber e discutir esses discursos que nos educam e que nos constituem enquanto sujeitos.

SIMPÓSIO 20

 

DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

Profa. Dra. Paula Regina Costa Ribeiro
PPG Educação em Ciências – FURG
pribeiro@vetorial.net

Profa. Dra. Raquel Pereira Quadrado
PPG Educação – FURG
raquelquadrado@hotmail.com


Este Simpósio Temático tem como objetivo oportunizar espaços de discussões e reflexões relativas às questões de gênero e sexualidade – pensadas, aqui, como construções culturais, sociais e políticas – nos espaços educativos. Estamos entendendo os espaços educativos como as diversas instituições e instâncias sociais – como a escola, a família, as diversas mídias, a religião, entre outras – que (re)produzem e fazem circular significados sobre os gêneros e as sexualidades, ensinando modos de ser e atuando na constituição dos sujeitos. Pretende-se, também, promover debates sobre como se produzem os marcadores identitários e as diversidades sexuais e de gênero, considerando, também, o seu entrelaçamento com marcadores de classe, étnico-raciais e geracionais. Nossos estudos estão fundamentados em posicionamentos que utilizam os conceitos de gênero e de sexualidade como construções sócio-históricas. Tal posição não implica na negação da dimensão biológica da existência humana, mas, sim, na ênfase nas construções culturais que, historicamente, produzem e modelam corpos, desejos, significados e práticas. Portanto, o nosso agir, como homens e mulheres, bem como a direção de nossos desejos e práticas sexuais, encontram-se implicados nos processos de socialização em que fomos e estamos inseridos. Os gêneros e a sexualidades se fazem e se refazem, continuamente, ao longo da existência. Na contemporaneidade, inúmeras instâncias e instituições encontram-se implicadas na produção dos discursos que fabricam as subjetividades, dentre as quais destacamos as contra-hegemônicas – gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. Ao produzir tais discursos, colocam em ação estratégias de governo que atuam na produção dos modos de ser homem ou mulher na sociedade. Tais estratégias envolvem padrões e valores que, hegemonicamente, vêm instituindo o “normal” e o “anormal” no que diz respeito aos modos de viver os gêneros e as sexualidades. Assim, consideramos que é urgente a produção e discussão de trabalhos e pesquisas que abordem essas temáticas, problematizando as práticas que instituem como os sujeitos devem proceder e parecer, constituindo "verdades" sobre seus corpos, regulando suas condutas e instituindo seus lugares sociais.


INSCRIÇÕES PARA O EIXOS TEMÁTICOS NO VI SEMINÁRIO CORPO, GÊNERO E SEXUALIDADE
24 A 26 DE SETEMBRO - JUIZ DE FORA/MG
PERÍODO DAS INSCRIÇÕES 20 DE JANEIRO A 31 DE MARÇO


EIXO TEMÁTICO 3
GÊNERO E CIÊNCIA: TRAJETÓRIAS, DISCURSOS E PRÁTICAS SOCIAIS


Fabiane Ferreira da Silva
Universidade Federal do Pampa/UNIPAMPA

Joanalira Corpes Magalhães
Universidade Federal do Rio Grande – FURG

Esse Eixo Temático tem como objetivo oportunizar espaços de discussão acerca das questões relacionadas ao gênero e o campo de saber da Ciência. Até início do século XX, a ciência era culturalmente definida como uma carreira imprópria para as mulheres. Nesse sentido, não por acaso, no caminho da crítica feminista à ciência um dos principais pontos tem sido demonstrar e denunciar a exclusão e invisibilidade das mulheres nesse contexto. Mais recentemente, porém, a crítica feminista à ciência tem avançado para o questionamento dos próprios pressupostos da ciência moderna, “virando-a do avesso” ao revelar que ela não é nem nunca foi neutra do ponto de vista de gênero, classe, raça/etnia. Instrumentada pelo conceito de gênero, a crítica feminista questiona o forte viés sexista e androcêntrico que permeia a ciência, que define o homem branco, heterossexual, capitalista, ocidental como sujeito do conhecimento, os pressupostos epistemológicos que orientam o fazer científico, a forma como são socializados os sujeitos que buscam seguir na ciência, entre outros aspectos. Do mesmo modo que o gênero, a ciência também é uma construção social e histórica, produto e efeito de relações de poder, portanto, as construções científicas não são universais, e sim locais, contingentes e provisórias. A ciência como uma narrativa, uma invenção social e histórica, institui procedimentos, métodos, saberes e “verdades” e, ao mesmo tempo, determina quem pode fazer ciência e sentir-se cientista. Sem dúvida a crítica feminista à ciência provocou mudanças, ampliando as formas de pensar e produzir o conhecimento científico, mas, sobretudo, contribuiu para a inserção das mulheres no mundo da ciência. As últimas décadas testemunharam consideráveis avanços no que diz respeito à inserção e à participação das mulheres no campo científico. Atualmente, é possível perceber o número significativo de mulheres em muitas universidades do país como docentes e pesquisadoras, como estudantes de graduação e pós-graduação, no entanto, apesar do crescimento significativo da presença feminina na ciência, ainda se evidencia que essa participação vem ocorrendo de modo dicotimizado ou ainda está aquém da masculina, bem como as mulheres ainda não avançam na carreira na mesma proporção que os homens. Considerando esses aspectos, este eixo temático tem como objetivo fomentar um espaço de discussão que entrelace gênero e ciência. Desse modo, o simpósio temático busca abarcar trabalhos que discutam a feminização e masculinização de determinadas áreas do conhecimento; as trajetórias de mulheres e/ou homens na ciência; as representações de ciência e cientista nos espaços educativos (escola, universidade, mídia, entre outros...); as motivações de homens e mulheres para a escolha profissional; os processos educativos de meninas e meninos, mulheres e homens; as expectativas direcionadas socialmente às mulheres; as medidas a favor da igualdade de gênero no campo da ciência; as relações de gênero no contexto da ciência; discursos e práticas sociais implicados nos processos de subjetivação e objetivação que ensinam os sujeitos a agir, pensar e atuar com relação ao gênero e a ciência.

 


EIXO TEMÁTICO 14
GÊNERO E SEXUALIDADE NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

Profa. Dra. Raquel Pereira Quadrado
Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Profa. Drn. Suzana da Conceição de Barros
Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Este Eixo Temático tem como objetivo oportunizar espaços de discussões e reflexões relativas às questões de gênero e sexualidade – pensadas, aqui, como construções culturais, sociais e políticas – nos espaços educativos. Estamos entendendo os espaços educativos como as diversas instituições e instâncias sociais – como a escola, a família, as diversas mídias, a religião, entre outras – que (re)produzem e fazem circular significados sobre os gêneros e as sexualidades, ensinando modos de ser e atuando na constituição dos sujeitos. Pretende-se, também, promover debates sobre como se produzem os marcadores identitários – símbolos culturais que se inscrevem nos corpos e servem para ordenar, classificar, agrupar e diferenciar, marcando e instituindo os lugares sociais dos sujeitos –, especialmente os  sexuais e os de gênero, considerando, também, o seu entrelaçamento com marcadores de classe, étnico-raciais e geracionais. Nossos estudos estão fundamentados em posicionamentos que utilizam os conceitos de gênero e de sexualidade como construções socioculturais e linguísticas, produzidas em meio a processos que, ao nomearem e descreverem os sujeitos e seus corpos, fazem muito mais do que meramente dar nomes, mas produzem ativamente corpos, gêneros e sexualidades, marcando e posicionando os sujeitos nos diversos contextos sociais. Ao abordar gênero e sexualidade nesta perspectiva, não estamos negando a materialidade biológica ou os corpos sexuados a partir dos quais as masculinidades e feminilidades se constituem. O que buscamos é contribuir para a problematização de concepções que justificam através da biologia as diferenças e desigualdades entre homens e mulheres e que instituem a heterossexualidade como a uma única forma de sentir prazer e desejo. Não são as características biológicas que vão determinar os significados de ser mulher ou de ser homem e as maneiras de viver a sexualidade e, sim, as formas como essas características são valorizadas ou representadas em cada sociedade, em determinado momento histórico, que acabam por constituir os gêneros e as sexualidades. Assim, é no campo social que se constroem e reproduzem-se as relações entre os sujeitos e, neste sentido, as justificativas para as desigualdades entre homens e mulheres  e para a demarcação da heterossexualidade como a forma legítima de viver a sexualidade devem ser buscadas na história, na estrutura social, nas condições de acesso aos recursos da sociedade, nas formas com que as masculinidades, as feminilidades e os modos de viver a sexualidade são (re)significadas.  Ao considerar gênero e sexualidade como construções socioculturais, entendemos que não existe uma única forma de viver a masculinidade e a feminilidade, nem uma única forma de viver os prazeres e desejos sexuais; os diversos contextos sociais produzem múltiplos significados e representações de masculino, de feminino e de sexualidade, que vão constituindo corpos generificados e sexualizados. Portanto, o nosso agir, como homens e mulheres, bem como a direção de nossos desejos e práticas sexuais, encontram-se implicados nos processos de socialização em que fomos e estamos inseridos. Os gêneros e a sexualidades se fazem e se refazem, continuamente, ao longo da existência. Na contemporaneidade, inúmeras instâncias e instituições encontram-se implicadas na produção dos discursos que fabricam os sujeitos. Ao produzir tais discursos, colocam em ação estratégias de governo que atuam na produção dos modos de ser homem e de ser mulher na sociedade e nos modos de viver a sexualidade. Tais estratégias envolvem padrões e valores que, hegemonicamente, vêm instituindo o “normal” e o “anormal” no que diz respeito aos gêneros e às sexualidades. Assim, consideramos importante a produção e discussão de trabalhos e pesquisas que abordem essas temáticas, problematizando as práticas que instituem como os sujeitos devem proceder e parecer, constituindo "verdades" sobre seus corpos, regulando suas condutas e instituindo seus lugares sociais.