IV Mostra Cultural sobre Diversidade Sexual e De Gênero

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Nova edição da Revista Diversidade e Educação- Online


A Revista Diversidade & Educação é uma revista de divulgação científica semestral do Grupo de Pesquisa Sexualidade e Escola do Instituto de Educação da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Publica artigos e relatos de experiências educativas nas temáticas de corpos, gêneros, sexualidades e relações étnico-raciais, além de resenhas de livros e filmes. A revista tem como foco textos que tratem dessas temáticas no espaço escolar e em outros espaços educativos. Tem como público-alvo estudantes, professores/as, pesquisadores/as da área da educação, além do público interessado na área em geral.

A edição de número sete da Revista Diversidade e Educação, referente ao 1º semestre de 2016, teve como temática central Juventudes. A revista teve como entrevistada a Professora Rosa Bueno Fischer da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Esta Edição estará disponível em breve.

A próxima edição da Revista Diversidade e Educação terá como tema central Gênero e Ciência. Para tanto, estará recebendo artigos, resenhas, sinopses e relatos de experiências até o dia 15 de novembro.

Mais informações disponíveis no site: http://www.revistadiversidadeeducacao.furg.br/

Carta Pública sobre a importância da abordagem de Gênero e Sexualidades na Educação

O Grupo de Trabalho Gênero, Sexualidade e Educação (GT 23) da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), composto por pesquisadoras(es) nacionais e internacionais, ao longo de seus 12 (doze) anos de existência, consolidou-se como lugar de produção, socialização e divulgação de conhecimentos e ações educacionais sobre as relações de gênero e de sexualidades. O GT 23 é um espaço teórico-político para pensar e problematizar resultados de pesquisas científicas, desenvolvidas por grupos de pesquisas e núcleos de estudos com reconhecida trajetória acadêmica, situados em diversas partes do país, as quais abordam as relações de gênero, as sexualidades, e as violências associadas às múltiplas identidades de gênero e orientações sexuais. Os mais de 170 trabalhos apresentados e discutidos até o presente ano, neste espaço científico, têm possibilitado aprofundar aspectos teóricos e éticos que envolvem as temáticas em pauta e subsidiar a execução de programas educacionais para a superação das desigualdades sociais e diminuir a violência.

Com base nas pesquisas produzidas no Brasil e divulgadas na ANPEd, no GT, reiteramos a importância de que (1) tais temas sejam trabalhados na Educação Básica, em todos os níveis, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, e na formação docente; (2) sejam mantidos programas de formação docente continuada, financiados pelo Ministério da Educação; (3) seja fomentada a produção, divulgação e difusão de materiais educativos condizentes com essas temáticas; (4) pesquisas sobre as temáticas continuem a ser financiadas, visando a geração de informações necessárias para a superação das desigualdades.

Ressaltamos, ainda, nossa preocupação diante do debate político em torno das denominadas “ideologias de gênero”, que não apresenta fundamentação em estudos científicos e que nega o direito à livre discussão das temáticas de relações de gênero e das sexualidades em instituições e nas políticas educacionais.

Com efeito, ressalta-se aquilo que diz respeito à supressão dos termos identidade de gênero e orientação sexual em vários documentos educacionais. Após amplas discussões realizadas nas diversas Conferências de Educação – envolvendo anped Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação docentes, estudantes, sindicatos, familiares e/ou responsáveis por estudantes, gestoras/es de políticas públicas da educação nos municípios e estados brasileiros e sociedade civil – os Poderes Legislativos das municipalidades e estados estão discutindo e votando as propostas encaminhadas pelas Conferências e/ou Equipes Técnicas das Secretarias de Educação, a fim de constituírem seus Planos de Educação.

As decisões instituídas, de forma democrática, nessas Conferências de Educação, de inserir nos currículos como temas as discussões sobre as diferentes formas como nos constituímos mulheres e homens, expressões das sexualidades e configurações familiares, precisam ser respeitadas pelos poderes legislativos dos estados e municípios brasileiros, e mantidas nos planos educacionais.

Defendemos o Estado Laico, os princípios democráticos que balizaram as Conferências de Educação e resultaram nas elaborações dos Planos de Educação, pois compreendemos que os modos como vêm sendo conduzidos, em inúmeros municípios e estados, os debates em torno das temáticas ligadas ao gênero e às sexualidades nos Planos de Educação ferem os princípios constitucionais de laicidade e de direitos humanos que devem reger a Educação Brasileira.

Concluímos reafirmando que abordar as temáticas de relações de gênero e orientação sexual, no campo educacional é fundamental para a efetivação de uma educação democrática e livre para todas as pessoas, ressaltando seus direitos a uma educação ampla e irrestrita, cuja principal função é ensinar o livre pensamento e a possibilidade de expressão a todas as crianças, jovens e pessoas adultas.

22 de junho de 2015.

GT 23 – Gênero, Sexualidade e Educação da ANPEd

GESE no Desfazendo Gênero


O Grupo de Pesquisa Sexualidade e Escola estará participando do evento Desfazendo Gênero com a proposição de dois simpósios temáticos, são eles:

ESTRATÉGIAS, DISCURSOS E (DES)CONSTRUÇÕES: ESCOLA E MECANISMOS DE NORMALIZAÇÃO DOS SUJEITOS LGBT

Profª. Drª. Paula Regina Costa Ribeiro
Profª. Drª. Elenita Pinheiro Queiros Silva

Este Simpósio tem como objetivo oportunizar espaços de discussões e reflexões referentes às práticas e estratégias de normalização e controle social, que vêm atuando sobre aqueles sujeitos que no espaço escolar não correspondem às normas estabelecidas socialmente, ou seja, aqueles/as que desobedecem a referência “padrão”. Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e outras tantas formas de ser e estar no mundo são tidas como “inoportunas”, “indesejadas” e por isso sobre esses modos são exercidas estratégias de vigilância e exame para trazer a normalidade a esses corpos “desviantes”.

Nesse sentido, pretende-se, com esse simpósio, também problematizar como a instituição escolar participa na produção de posições-de-sujeito e como estas posições são inscritas em produção de saberes. Além disso, propomos um debate sobre como se produzem as relações escolares, enfatizando igualmente suas intersecções com questões de classe, de raça e de geração. A escola moderna vem mobilizando a política da identidade e o discurso da igualdade, reiterando as posições e estabilizando certezas e verdades sobre as sexualidades e os gêneros. Ela tem participado do jogo de instituição e demarcação do normal e da normalidade. Problematizar o quanto os corpos dos/as alunos/as, que se produzem com outras subjetividades, que não as tão caras à homogeneização moderna, acabam tornando-se os/as anormais.

Assim, conhecer quem são e como foram produzidos os ditos anormais pelas práticas pedagógicas e pela instituição escolar, possibilita problematizarmos o deslocamento e o descentramento de verdades e modos de pensamento hegemônicos. No simpósio, temos como proposta discutir as questões relacionadas à produção desses sujeitos no espaço escolar tecendo alguns diálogos com base nas contribuições de Michel Foucault, nas teorizações que escapam aos binarismos e categorizações das sexualidades e dos gêneros a partir de Judith Butler, Richard Misckolci e de estudiosas/os que entrelaçam tais teorizações com o campo da educação, tais como: Guacira Louro, Paula Ribeiro, Claudia Ribeiro, Anderson Ferrari, entre outros/as. Destacamos que a nossa proposta visa pensarmos o currículo escolar a partir de uma “pedagogia da diferença”, ou seja, problematizarmos a afirmação e o respeito à diferença na escola.

O silenciamento dessas questões no contexto escolar é uma forma de legitimar algumas identidades, afirmando a heterossexualidade como a norma, marginalizando outras. Acreditamos que ao desconstruir algumas metanarrativas presentes na escola sobre os corpos, os gêneros e as sexualidades temos a possibilidade de construir uma agenda que busque discutir as temáticas de diversidade sexual, gênero, sexismo, homofobia entre tantas outras que não são entendidas como parte do currículo escolar.

DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

Profa. Dra. Raquel Pereira Quadrado
Profa. Dra. Dulce Mari da Silva Voss

Este Simpósio Temático tem como objetivo oportunizar espaços de discussões e reflexões acerca de pesquisas e experiências envolvendo as temáticas de diversidade sexual e de gênero – pensadas, aqui, como construções culturais, sociais e políticas – nos espaços educativos.

Estamos entendendo os espaços educativos como as diversas instituições e instâncias sociais – como a escola, a universidade, a família, as diversas mídias, a religião, entre outras – que (re)produzem e fazem circular significados sobre os gêneros e as sexualidades, instituindo regimes de verdade, ensinando modos de ser e atuando na constituição dos sujeitos.

Pretende-se, também, promover debates sobre como se produzem os marcadores identitários – símbolos culturais que se inscrevem nos corpos e servem para ordenar, classificar, agrupar e diferenciar, marcando e instituindo os lugares sociais dos sujeitos –, especialmente os sexuais e os de gênero, considerando, também, o seu entrelaçamento com marcadores de classe, étnico-raciais e geracionais.

Entendemos que é no campo social que se constroem e reproduzem-se as relações entre os sujeitos e, neste sentido, as justificativas para as desigualdades entre homens e mulheres e para a demarcação da heterossexualidade como a forma legítima de viver a sexualidade devem ser buscadas na história, na estrutura social, nas políticas públicas, nas condições de acesso aos recursos da sociedade, nas formas com que as masculinidades, as feminilidades e os modos de viver a sexualidade são (re)significadas.

Vivemos num tempo em que a diversidade vem ganhando cada vez mais visibilidade e em que inúmeras políticas públicas têm sido criadas a fim de tornar a sociedade e as instâncias educativas "mais tolerantes e justas". Contudo, esses processos de institucionalização e regulamentação da diversidade tornam as práticas pedagógicas e educativas prescritivas e normalizadoras, ao passo que interpelam os sujeitos a se identificarem, autonominarem, fazendo uso de estratégias e práticas de confissão que acabam por governar as condutas humanas.

Assim, além de propor a socialização das práticas pedagógicas e educativas desenvolvidas para dar visibilidade à diversidade sexual e de gênero, propomos o debate dos modos pelos quais essas práticas e discursos se constituem, os regimes de verdade que se estabelecem e de que modo passam a governar as condutas.

As inscrições para as comunicações orais que pretendem ser apresentadas nos Simpósios Temáticos são de 1º a 30 de abril de 2015, com o envio, inicialmente de resumos expandidos.

Para maiores informações acessem o site:
http://www.desfazendogenero.ufba.br/

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